Make a Girl é uma produção vinda de Gensho Yasuda, um animador independente que já vem sendo falado há algum tempo no círculo de financiamento coletivo na Internet. Uma espécie de sequência, pelo menos em termos de conceito geral, de um curta produzido por Yasuda, chegou a vez da ideia partir para um formato em longa-metragem que será lançado no Brasil no próximo dia 13 pela Sato Company.
Na animação, uma coprodução da Aniplex e Kadokawa, um garoto chamado Akira, filho de uma renomada cientista sente-se solitário, vivendo em uma sociedade futurista que passou a depender de robôs chamados SALTs. Um criador de pouco sucesso, ele segue os passos de sua falecida mãe e acaba por criar Zero, uma garota andróide, para tomar como sua namorada.

É claro que nada é tão simples assim e, no decorrer do filme, vamos vendo a evolução da menina, que a princípio é completamente apaixonada por Akira, mas ao crescer como pessoa, percebe os muitos defeitos de seu companheiro. Akira, por sua vez, passa por uma experiência transformativa durante o relacionamento conturbado com sua namorada, aprendendo, de certa maneira, a lidar com a perda dramática de sua mãe no processo.
Nisso, também vemos a maneira que essa nova presença na vida de Akira vem a afetar sua relação com seus amigos humanos e seu crescimento como personagens secundários, algo que deixa de ser simplesmente uma distração no fundo, passando a ter uma importância significativa na amarração da experiência geral desta animação como um todo. Sem eles, mesmo sendo companheiros do protagonista, Make a Girl não seria o mesmo.

Make a Girl conta com um ritmo bem próximo dos animes mais atuais, uma evolução de trama que não para por praticamente nada em seus 92 minutos de duração. Sem enrolação, direto ao ponto – até direto demais – e funcional, esse longa animado em 3D com visual que remete às cutscenes de videogame é bonito e repleto de detalhes e brincadeiras visuais, com truques de câmera que seriam dificílimos de tirar do papel no modo tradicional.
O filme chega aos cinemas do Brasil no dia 13 de novembro, uma distribuição da Sato Company com cópias legendadas e áudio original japonês.
O Entertainium Brasil à assessoria pelo acesso antecipado para produção desta crítica.
