Conheça os criadores de Toni Island Adventure, quais os seus próximos passos e o que esperar do novo jogo

toni island adventure

Ao longo da divulgação e do acontecimento do Jogatório deste ano, no Sesc 24 de maio, um jogo muito fofo e com uma arte muito única chamou a atenção e instigou curiosidade. Um pequeno cachorro vira-lata caminha e soluciona pequenos quebra-cabeças que remetem a jogos retrô, numa ilha em que acabou de acordar após um naufrágio (coitadinho…). Esse é Toni e você passará as próximas horas com ele, resolvendo puzzles bem satisfatórios e acompanhando sua história aconchegante e super interessante.

Antes e durante o evento mencionado, Toni Island Adventure ganhou uma demonstração na Steam e pude conferir a breve introdução apresentada, que é cheia de puzzles gostosinhos, diálogos divertidos, uma narrativa muito instigante e, claro, nostalgia. Seu lançamento foi recente, em 24 de julho, e já faz um burburinho no meio independente de jogos.

Aventuras intermináveis do Toni, na ilha em que acordou perdido

Conversamos com os criadores e desenvolvedores do game, o pessoal do Frolic Studio e a seguir você confere um pouco de como essa aventura canina foi idealizada, criada e como é capaz de capturar sua atenção também.

Renato Reis – Entertainium Brasil: Muito obrigado por aceitarem a entrevista com o Entertainium Brasil! Me contem: como o Frolic Studio surgiu?

Guigo – Frolic Studio: A Frolic na verdade surgiu junto com Toni Island Adventure, na época [2022], eu trabalhava sozinho no desenvolvimento do jogo e queria um pseudônimo para não lançar o jogo com o meu nome de pessoa física.

EB: Jogando a demonstração, pude ver como o game já está bem polido e interessante. Como surgiu a ideia de fazerem o Toni Island Adventure?

FS: Começou no finalzinho da pandemia, em meados de 2022. Sou ilustrador e comecei a aprender e praticar pixel art. O jogo era para ser um projeto pessoal que me ajudaria a desenvolver essa habilidade, acabou que comecei a compartilhar nas redes sociais, as pessoas gostaram e o projeto cresceu.

EB: Quantas pessoas trabalham e trabalharam no jogo? Além do Frolic, mais algum estúdio ou desenvolvedor independente os apoiou?

FS: Comecei desenvolvendo o jogo sozinho no final de 2022, com muitas pausas até o lançamento agora em 2025, principalmente porque sempre tive que equilibrar com meu trabalho principal como ilustrador e designer gráfico. Em 2024, Lucas entrou no projeto para compor a trilha sonora e, alguns meses depois, o Tom, que desenvolveu melhor a história e os diálogos no jogo.

EB: Por que escolheram o cachorro como espécie predominante dos personagens?

FS: Tudo começou com o Toni. Ele foi o primeiro personagem desenhado antes de existir qualquer história. Eu sempre amei cachorros e acho difícil um personagem ser mais carismático que um cachorro vira-lata gordinho.

EB: O jogo é focado na sua narrativa e em puzzles, não é? Como esses gêneros os inspiraram para criá-lo e por quê?

FS: Exatamente. A ideia desde o começo era ter esse ar de mistério em torno da história da ilha, suas lendas e acontecimentos. Ter as dungeons com enigmas a serem resolvidos, juntamente com a história ajudam bastante nesse clima.

Mundos ricos em detalhe, um combate competente e puzzles bem satisfatórios fazem de Toni Island Adventure muito interessante e divertido!

EB: Quais os maiores desafios encontrados durante o desenvolvimento?

FS: Com certeza o maior desafio foi desenvolver o jogo pensando primariamente no Game Boy. Existem muitas limitações técnicas, gráficas, de som e de tudo mais que a gente puder pensar. Ao mesmo tempo, isso estimula a criatividade, a encontrar soluções para contornar algumas dessas dificuldades.

EB: Sobre essa ideia que achei muito curiosa: por que lançar o jogo em cartuchinhos para Game Boy Color também? Qual público vocês pretendem atingir com essa mídia física?

FS: Como eu comentei na resposta anterior, o jogo foi desenvolvido primariamente para o Game Boy. Sempre tive muita curiosidade com tecnologias retrô e acho incrível a ideia de poder, em 2025, lançar um jogo para um console que é considerado obsoleto há décadas. O Game Boy também foi meu primeiro portátil, tem um quê de realização de um sonho de infância poder desenvolver um jogo pra essa plataforma, pela qual tenho tanto carinho.
Com a mídia física, pretendemos atingir o público colecionista de jogos retrô, jogadores nostálgicos do Game Boy e até gente que nunca teve a oportunidade de jogar o portátil quando era criança mas agora pode fazê-lo depois de adulto.

EB: No Jogatório deste ano, qual foi a reação do público que jogou? Quais os principais feedbacks recebidos sobre o jogo no evento?

FS: O que mais chamava a atenção do público era o fato do jogo ser realmente compatível com o Game Boy e outros consoles similares como o Analogue Pocket e ter um cartucho físico em exposição.

Os jogadores elogiaram bastante a arte do jogo e os diálogos dos NPCs, principalmente os trocadilhos com animais.

EB: Esse é o primeiro jogo de vocês, né? Qual futuro vocês planejam para o Frolic Studio?

FS: Esse é nosso primeiro jogo, que acabou sendo feito de uma maneira um pouco caótica e não tão bem planejada. Com o fim do desenvolvimento de Toni Island Adventure, começamos a pensar em algumas ideias para um novo projeto no mesmo universo, que tem bastante potencial a ser explorado.

Nós do Entertainium acreditamos muito na mágica e nas narrativas em torno dos videogames, em como são capazes de transformar vidas e emocionar profundamente as pessoas. Conta pra gente o que achou da entrevista e se vai jogar ou já está se aventurando com esse cachorrinho vira-lata fofo, tá bom?

Toni Island Adventure já está disponível para PC (Steam).

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *